Tribunal adia para Novembro o julgamento do caso “Adriano Nuvunga e Albino Forquilha”

O julgamento do mediático caso que envolve o diretor do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD), Adriano Nuvunga, e o presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, foi novamente adiado, desta vez para 5 de novembro, devido à ausência do acusador.

O Adiamento e as Acusações
Inicialmente agendado para 22 de outubro, e depois para 30 de outubro de 2025, o Tribunal Judicial do Distrito Municipal KaMpfumo viu-se forçado a remarcar o processo pela segunda vez. A falta de comparência de Adriano Nuvunga, que figura como acusador, impediu o avanço da sessão, que se centra nas alegadas irregularidades financeiras relacionadas com as eleições gerais de 2024.
O cerne da questão remonta às declarações públicas de Nuvunga, que acusou Albino Forquilha de ter recebido 219 milhões de meticais em subornos. Segundo Nuvunga, este valor teria sido pago para que Forquilha aceitasse os resultados eleitorais contestados, configurando um ato de “corrupção política e eleitoral”. O diretor do CDD afirmou possuir provas e formalizou uma denúncia junto ao Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC).
Defesa e Contranarrativa
Por sua vez, Albino Forquilha tem refutado veementemente as acusações, classificando-as como difamatórias e com motivações políticas. O líder do PODEMOS expressou o desejo de que o processo judicial avance rapidamente, para que a verdade seja apurada e a sua reputação restabelecida perante a opinião pública moçambicana.
Após as alegações de Nuvunga, o partido PODEMOS denunciou uma série de incidentes, incluindo perseguições a membros e familiares do seu presidente, a invasão da residência de Forquilha, a sabotagem de materiais partidários e ataques informáticos às suas contas pessoais e de redes sociais. Estes incidentes adicionam uma camada de complexidade e tensão ao já controverso caso.
Expectativas para Novembro
Com o novo agendamento para 5 de novembro, a expectativa é que o julgamento possa finalmente ter início. Este caso continua a captar a atenção do público moçambicano, colocando frente a frente duas figuras influentes no panorama político e cívico do país, num debate que promete esclarecer os factos em torno das eleições de 2024 e da alegada corrupção.



