Avarias na rede deixam mais de 300 mil clientes da EDM sem energia
A Electricidade de Moçambique (EDM) informou que mais de 300 mil dos seus clientes ficaram sem energia elétrica na terça-feira (30), devido a avarias na rede de distribuição que afetaram várias regiões do país.
Impacto Nacional das Avarias
António Nhassengo, porta-voz da EDM, revelou que cerca de 311 mil clientes foram afetados. A maioria, aproximadamente 286 mil, reside nas cidades de Lichinga, Cuamba e Marrupa, na província de Niassa, e nos distritos de Guruè (Zambézia) e Balama (Cabo Delgado). Adicionalmente, cerca de 25 mil clientes nos bairros de Magoanine e Ka Mavota, na cidade de Maputo, também sofreram com a interrupção do fornecimento.
Nhassengo destacou que a província de Niassa foi a mais atingida, embora a capital também tenha registado um número considerável de afetados, especialmente na zona de Magoanine.
Esforços de Restabelecimento e Desafios
Para garantir a segurança das infraestruturas e minimizar danos, a EDM teve de cortar a energia em algumas áreas. A empresa iniciou “manobras ao nível da rede de distribuição” para tentar interligar postos de transformação a partir de outras estações, visando uma reposição gradual.
Graças aos trabalhos intensivos durante a noite de terça-feira, a EDM conseguiu restabelecer o fornecimento para a maioria. Contudo, cerca de 5% dos clientes afetados na cidade de Maputo ainda permaneciam sem energia. Nhassengo admitiu a possibilidade de existirem casos isolados de clientes que ainda não recuperaram o serviço.
Investigação e Apelo aos Clientes
O porta-voz da EDM apelou aos clientes que continuam sem energia para contactarem a linha de atendimento da empresa. A EDM está a investigar a origem das avarias, que são muitas vezes transitórias. Na cidade de Maputo, a causa foi identificada como um defeito na rede de distribuição de média tensão.
Na região norte, o trabalho continua na linha Gurué-Cuamba para identificar a falha, que se encontra em “zonas de difícil acesso, na mata adentro”. A EDM ainda não conseguiu quantificar os prejuízos e não há um prazo definido para a normalização total do serviço, especialmente nas áreas mais isoladas. “Pedimos a compreensão dos clientes, especialmente da região norte do país”, concluiu Nhassengo.
