Greve: Trabalhadores exigem retroativos da TSU, horas extras em atraso e respeito

Funcionários de diversas direções do Conselho Municipal de Maputo, incluindo a Polícia Municipal, vão parar as suas atividades na próxima quarta-feira, dia 3 de dezembro de 2025. Esta paralisação é uma forma de protesto contra o não pagamento de valores que lhes são devidos, como retroativos da Tabela Salarial Única (TSU) e horas extras, além da falta de respeito pelas suas condições de trabalho.

A decisão de avançar para a greve foi comunicada pelos próprios trabalhadores, que afirmam que já não querem mais explicações, mas sim ver os seus direitos cumpridos. Segundo o comunicado, várias tentativas de diálogo com o executivo municipal não tiveram sucesso, deixando os funcionários sem respostas satisfatórias para as suas reivindicações.

Onde e Como Será o Protesto
A manifestação está agendada para as 07h00 da manhã, em frente ao Edifício Nobre do Conselho Municipal de Maputo, localizado na Avenida Samora Machel, perto da Praça da Independência. Os trabalhadores são incentivados a levar cartazes, dísticos e instrumentos para fazer barulho, com a promessa de cantar músicas que exigem o pagamento do que lhes é devido. Eles garantem que só voltam ao trabalho depois de receberem os salários e os retroativos em falta.
Críticas à Gestão Municipal e Apelo à Mídia
No comunicado, os funcionários não poupam críticas à forma como o município é gerido, recusando-se a continuar a sofrer o que chamam de ‘humilhações e desrespeito’. Há também uma crítica direta ao presidente do Conselho Municipal, Rasaque Manhiça, com a mensagem de que, se não consegue gerir bem a cidade, deve deixar o cargo.
Os grevistas pedem a presença de vários órgãos de comunicação social – televisões, rádios e blogs – para que a sua luta seja visível e para que a população saiba o que eles consideram ser uma ‘gestão danosa’ da capital moçambicana.
A paralisação está prevista para o dia 3 de dezembro e pode estender-se por mais tempo, caso as suas exigências não sejam atendidas de imediato pelo executivo municipal.



