Equipa de Filipe Nyusi exige a libertação imediata dos detidos
A União Africana (UA), em conjunto com outras organizações regionais, condenou com firmeza o golpe de Estado que abalou a Guiné-Bissau. A exigência é clara: o regresso imediato à ordem constitucional e a libertação de todos os detidos, incluindo membros da comissão eleitoral.
Condenação Internacional ao Golpe
A Missão de Observação Eleitoral da UA, que conta com a liderança de Filipe Jacinto Nyusi, antigo Presidente de Moçambique, e a participação da CEDEAO e do Fórum dos Anciãos da África Ocidental, divulgou uma nota conjunta. Nela, expressa-se uma “profunda preocupação” com a intervenção militar anunciada. Esta ação surge num momento sensível, enquanto o país aguardava os resultados das eleições presidenciais e legislativas, que decorreram de forma pacífica a 23 de novembro.
As missões destacaram que a votação foi “pacífica e organizada”, elogiando o comportamento responsável dos eleitores e o trabalho das autoridades eleitorais. É, por isso, ainda mais lamentável que uma “tentativa evidente de subverter o processo democrático” tenha acontecido justamente depois de os dois principais candidatos terem garantido que aceitariam o veredito das urnas.
Apelos à Reposição da Ordem e Libertação
As organizações regionais fizeram um apelo urgente à União Africana e à CEDEAO para que tomem as medidas necessárias para garantir a reposição da ordem constitucional na Guiné-Bissau. As forças armadas foram instadas a libertar de imediato todos os altos responsáveis detidos, permitindo assim que o processo eleitoral possa ser concluído normalmente.
O comunicado também pediu à população guineense que mantenha a calma, reafirmando o compromisso das entidades africanas em apoiar o país na defesa da paz e estabilidade, num período considerado crucial para o seu futuro. A nota foi assinada por Filipe Jacinto Nyusi, chefe da Missão da UA, Issifu Baba Braimah Kamara, líder da Missão da CEDEAO, e Goodluck Jonathan, representante do Fórum dos Anciãos da África Ocidental.
