Escândalo dos exames da 9.ª classe desencadeia exigências de demissão da ministra da Educação

A polémica em torno da fuga de exames da 9.ª classe continua a agitar o sector da Educação em Moçambique, com professores indignados a exigir a demissão imediata da Ministra da Educação e Cultura e a anulação de todas as provas já realizadas neste ciclo avaliativo.

Cancelamento Parcial e Insatisfação dos Docentes
A tensão aumentou depois de Silvestre Dava, porta-voz do Ministério da Educação e Cultura (MINEDH), ter confirmado publicamente o cancelamento dos exames de Química, Inglês, História e Física. Estas provas foram suspensas porque se provou que os envelopes que as continham foram violados, e estavam previstas para serem realizadas entre ontem e hoje, mas foram retiradas por questões de integridade e segurança.

No entanto, muitos professores acham que esta medida do Ministério não é suficiente. Eles argumentam que a fuga de informação pode ter atingido outras disciplinas, pondo em causa a credibilidade de todo o processo de avaliação a nível nacional. Para estes profissionais de ensino, a única maneira de devolver a confiança ao sistema é através da “renovação da liderança” no MINEDH e da repetição de todos os exames da 9.ª classe.
Investigação em Curso e Promessas de Segurança
Em resposta às críticas, as autoridades têm vindo a assegurar que uma investigação interna está a decorrer para descobrir quem são os responsáveis por esta violação dos exames. O Ministério promete também fortalecer os mecanismos de segurança para garantir que incidentes como este não voltem a acontecer no futuro.
Enquanto isso, pais e alunos esperam ansiosamente por novas informações e orientações, enquanto o país acompanha um dos maiores escândalos académicos dos últimos anos. O caso continua em desenvolvimento e a gerar muita discussão pública.



