União Africana suspende Guiné-Bissau após golpe militar

A União Africana (UA) decidiu suspender a Guiné-Bissau de todas as suas atividades, na sequência de um golpe militar que derrubou o Presidente Umaro Sissoco Embaló no dia 26 de novembro de 2025. A organização continental reagiu rapidamente, condenando a intervenção militar que levou à detenção do chefe de Estado e de outros líderes políticos.

Num comunicado oficial emitido em Addis Abeba, a UA reafirmou a sua política de “tolerância zero” contra qualquer mudança inconstitucional de governo. A organização considerou o golpe uma violação grave dos princípios da Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Governança, que defende a estabilidade e a legalidade constitucional nos estados membros.

Exigências e Implicações da Suspensão
A União Africana exigiu a libertação imediata e incondicional do Presidente Embaló e de todas as outras pessoas detidas durante a intervenção militar. A suspensão implica que a Guiné-Bissau fica impedida de participar em todos os órgãos de decisão e encontros de alto nível da UA, até que a ordem constitucional seja plenamente restabelecida no país.
Esta medida da UA alinha-se com uma ação semelhante tomada pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que também suspendeu a Guiné-Bissau no mesmo dia do golpe. Ambas as organizações demonstram uma frente unida contra a subversão da democracia na região.
Apelo à Contenção e Solidariedade
A União Africana continua a acompanhar de perto a situação na Guiné-Bissau, apelando a “máxima contenção” a todas as partes envolvidas para evitar que a instabilidade se agrave. A organização expressou solidariedade com o povo guineense e reafirmou a sua disponibilidade para trabalhar com parceiros regionais e internacionais, com o objetivo de restaurar a paz, a estabilidade e a normalidade institucional no país.



