Detidos dois indiciados no assassinato de agentes das FDS em Chiúre
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A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado anunciou a detenção de dois indivíduos, de 50 e 53 anos, em Chiúre, indiciados pelo assassinato de dois agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS) em pleno exercício de funções. Os detidos são apontados como líderes de um grupo ligado aos Naparama, cuja acção resultou na morte violenta dos agentes no posto administrativo de Chiúre Velho.
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A Operação Policial e a Colaboração Cívica
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Segundo Eugénia Nhamussua, porta-voz do Comando Provincial da PRM em Cabo Delgado, a detenção dos suspeitos foi o culminar de um trabalho operativo exaustivo, iniciado logo após o crime em Julho. “A polícia realizou uma série de diligências desde o mês de Julho, que culminaram com a detenção de parte do grupo. Continuamos a trabalhar para neutralizar os restantes membros da quadrilha”, explicou Nhamussua.
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A porta-voz fez questão de agradecer o papel fundamental da população na localização do esconderijo dos implicados, sublinhando que a colaboração cívica é crucial para o sucesso das operações policiais na manutenção da ordem e segurança públicas.
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O Ataque Brutal em Nivenivene
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O crime chocante ocorreu a 29 de Julho, na aldeia de Nivenivene, quando os agentes das FDS foram interpelados por membros do grupo. Os militares foram então submetidos a tortura e brutalmente assassinados no local, enquanto desempenhavam as suas funções de defesa e segurança do Estado.
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Versões Conflituosas dos Suspeitos
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Durante os interrogatórios no Comando Distrital da PRM em Chiúre, os dois detidos apresentaram versões distintas sobre o seu envolvimento. Um dos suspeitos confessou ter participado activamente no linchamento dos agentes, alegando, contudo, que se encontrava sob o efeito de bebidas alcoólicas. “Confesso ter participado de todo o processo. Na altura, tinha consumido bebidas alcoólicas”, revelou.
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Em contrapartida, o segundo suspeito negou qualquer envolvimento directo no assassinato, afirmando ter-se afastado do grupo antes que a agressão ocorresse, também sob o pretexto de embriaguez. “Não participei. Estava sob efeito do álcool e não segui com o grupo quando começaram a agredir os agentes”, declarou.
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PRM Apela Contra a Justiça Privada
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Perante a complexidade e a violência do caso, a PRM reiterou o seu apelo à população para que evite a prática da justiça pelas próprias mãos. Eugénia Nhamussua alertou para o perigo de confundir membros das FDS com indivíduos de má conduta, resultando em agressões injustas.
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“Pedimos que qualquer suspeita seja reportada às autoridades locais, que têm competência para confirmar a idoneidade das pessoas. A justiça privada não é o caminho certo”, frisou a porta-voz, enfatizando a importância de confiar nas instituições do Estado para a resolução de conflitos e a aplicação da lei.
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Operações Continuam
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As autoridades garantem que as operações no terreno prosseguem, visando a neutralização dos restantes membros do grupo envolvido no ataque. O objectivo primordial é assegurar a segurança e a ordem pública no distrito de Chiúre e nas zonas adjacentes, reforçando a presença do Estado e combatendo a criminalidade organizada.
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“excerpt”: “Dois indivíduos, apontados como líderes de um grupo ligado aos Naparama, foram detidos em Chiúre, Cabo Delgado, indiciados pelo assassinato de dois agentes das Forças de Defesa e Segurança (FDS). A Polícia da República de Moçambique (PRM) continua a perseguir outros membros do grupo, enquanto apela à população para evitar a justiça pelas próprias mãos.”,
“tags”: [“Cabo Delgado”, “Chiúre”, “FDS”, “PRM”, “Naparama”, “Segurança”, “Assassínio”, “Justiça”]
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