Pólitica

Renamo expulsa João Machava por desobediência e violações dos estatutos do partido

O Conselho Jurisdicional da Renamo decidiu expulsar João Machava, figura proeminente e porta-voz da Junta Militar do partido, por alegada desobediência e violação dos estatutos da organização política, uma medida que agita o cenário político moçambicano.

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Detalhes da Decisão e Acusações

A formalização da expulsão de Leonardo Munguambe, conhecido como João Machava, ocorreu através da nota n.º 017/GPCJN/2025, emitida a 23 de setembro. A decisão, liderada pelo deputado Arnaldo Chalaua, baseia-se em “graves violações comprovadas” do Estatuto do Partido e no incumprimento reiterado das suas obrigações como membro.

Entre as acusações, destaca-se a emissão de ofícios em nome da Renamo sem a devida legitimidade, com o intuito de prejudicar a imagem e o funcionamento da formação política. A sanção imposta é por um período indeterminado, implicando a perda de todos os direitos partidários, incluindo a participação em reuniões e a representação do partido.

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Contexto da Dissidência de Machava

João Machava tem sido uma voz ativa na contestação à liderança de Ossufo Momade, um movimento que ganhou força após os resultados eleitorais que relegaram a Renamo para a terceira posição no panorama político nacional. O descontentamento intensificou-se particularmente após os fracos desempenhos nas eleições autárquicas de 2023 e nas eleições gerais de 2024.

Em fevereiro deste ano, o grupo de antigos guerrilheiros, do qual Machava faz parte, começou a mobilizar-se abertamente contra a direção atual. Recentemente, Machava convocou uma conferência de imprensa onde expressou sérias preocupações sobre a “saúde política” da Renamo, defendendo a urgência de um debate sobre o futuro do partido.

A Criação da Comissão de Gestão Paralela

Na semana em curso, Machava anunciou publicamente que os guerrilheiros decidiram avançar com a formação de uma comissão de gestão. Esta comissão terá como objetivo desenvolver atividades paralelas às dos órgãos do partido que foram eleitos no último congresso, realizado em Alto Molòcué em 2024.

O grupo estabeleceu um prazo de 45 dias para que a nova comissão organize uma reunião crucial. O encontro poderá culminar na convocação de um congresso extraordinário, com o propósito declarado de destituir Ossufo Momade e eleger um novo líder para a Resistência Nacional Moçambicana.

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