SISE e SINSE Rastreiam Venâncio Mondlane em Meio à Quarta Fase de Manifestações

A situação política em Moçambique agrava-se com a intensificação de protestos liderados por Venâncio Mondlane, candidato presidencial e opositor ao governo, que anuncia uma fase derradeira e mais contundente de manifestações para contestar os resultados das eleições de 24 de outubro. Conheça os desdobramentos e impactos econômicos e sociais deste momento crítico para Moçambique.
A crise política em Moçambique escalou para um ponto de grande tensão, marcado por confrontos entre autoridades e população após os resultados eleitorais de 24 de outubro. O candidato da oposição, Venâncio Mondlane, segundo colocado nas urnas, revelou em entrevista exclusiva à CNN Portugal o início da quarta e derradeira fase de protestos contra os resultados. Mondlane destacou que essa fase “mais dolorosa” é voltada para “pressionar os órgãos eleitorais e de justiça a conformarem-se com a verdade expressa pelo povo nas urnas.”
Mondlane reiterou que as três fases iniciais das manifestações mantiveram um caráter pacífico, com a exibição de cartazes de repúdio. No entanto, essa quarta etapa, segundo ele, acarretará repercussões econômicas mais severas: “Esta fase será dolorosa para a economia moçambicana,” disse Mondlane, sugerindo uma escalada de ações que visam, de forma mais incisiva, denunciar o que considera uma distorção da vontade popular.
Além das repercussões políticas e econômicas, a crise tornou-se pessoalmente arriscada para Mondlane, que confirmou ter sofrido tentativas de assassinato em Moçambique e na África do Sul. Como resultado, ele se encontra atualmente em um local não revelado. Segundo Venâncio as operações de busca é liderada pelo SISE, o serviço de inteligência moçambicano, e pelo SINSE, agência de inteligência de Angola, sublinham a seriedade da situação.


